A Matriz Origem-Destino de Bilhetagem Eletrônica fornece dados do padrão de deslocamento por transporte público coletivo na área de estudo. Para sua construção, foram usados, como principais dados de entrada, os registros de validação de viagens do SBE e os dados de georreferenciamento dos veículos (GPS), além do mapeamento das estações de metrô/BRT.

Para a criação da Matriz foram utilizados dados de um dia típico de novembro de 2019 e dos sistemas metropolitano e municipais de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Santa Luzia e Ibirité. A data de 2019 foi escolhida por ser antes do isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, de forma a caracterizar os deslocamentos em condições normais de mobilidade e atividades urbanas.

Como principais resultados a matriz de bilhetagem traz o registro de 2.047.921 viagens/dia. O pico manhã das viagens em transporte público coletivo ocorre entre 5h e 7h59 e concentra 27% destas viagens, já o pico da tarde ocorre entre 16h e 18h59. A matriz apresenta picos de demanda em horários anteriores aos das demais matrizes OD desenvolvidas na RMBH, uma vez que, majoritariamente, as viagens em transporte público têm início antes das viagens que utilizam os demais modos de transporte.

A utilização de dados do SBE para a geração de matriz OD possui inúmeras vantagens: (i) obtenção de uma amostra de dados superior; (ii) maior precisão e atualidade dos deslocamentos; (iii) maior qualidade dos registros, sem o viés das respostas dos entrevistados; e (iv) melhoria do modelo construído para simulação das redes futuras.

A Matriz Origem-Destino do SBE será a principal fonte de dados nos Estudos de Modernização da Mobilidade na RMBH, a ser utilizada na modelagem de transportes. Além disso, é insumo para os trabalhos a Matriz Origem-Destino de Pessoas por Dados de Telefonia 2019 a 2020, já divulgada previamente, que será considerada de forma complementar para análises relativas ao potencial de atração de novas viagens para o transporte coletivo (migração modal).

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